quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Espaços vazios – decupando a sala preta


Na segunda-feira passada, dia 19/09, os alunos do Curso de Cinema ELC/UFF realizaram um exercício bastante simples, mas que se mostrou muito produtivo pelas questões levantadas – ou mesmo como resposta àquilo que vínhamos discutido em sala. Do início.

Para começar as atividades apresentei uma série de imagens de espaços onde não havia a presença humana. Espaços enormes e pequeninos. Objetos imensos – como um ovo frito no centro da tela – ou reduzidos – como a Terra distante vista da Lua. Neste caso, inversão de proporções. Em outros, exercícios formais de composições, texturas, jogos de luzes e sombras, linhas retas e curvas. Fotografias onde a meticulosa orquestração dos elementos internos pelos fotógrafos criam paisagens exuberantes, solitárias, duras, frias, singelas, geométricas. Trago algumas imagens que ilustraram nossas conversas.


Acima, o caminhão como a cor que escapa. Abaixo, a pobreza e a publicidade em tensão.




A plasticidade da imagem nas cores e formas. 


Enquanto víamos as fotos, pedi aos alunos que fotografassem a sala preta, utilizando uma simples câmera powershot da Canon no modo Automático. Com uma única condição: que não houvesse pessoas na imagem. Assim, os alunos tiveram de trabalhar os espaços eliminando os colegas na composição da fotografia, pensando efetivamente na centralidade de determinados objetos e em características básicas como o enquadramento. Mesmo com a precariedade da imagem devido à luz reduzida, alguns resultados foram surpreendentes.






Por Isaac Pipano

Um comentário:

Tecelã disse...

Bacana, Isaac. Aliás, acho que conheço vc (e/ou seu artigo)de um Seminário ano passado na PUC-Rio.
Abç.