quinta-feira, 31 de março de 2011

A invenção da PAPELETA

Nesta semana, criamos uma luneta de papel denominada PAPELETA. A empolgação da criançada com a invenção despertou olhares, brincadeiras e até idéias de venda. Pra inicio de tudo, começamos com exercícios corporais que envolviam o olhar em várias direções e posições. Logo depois assistimos o filme “O homem com uma câmera”, feito em 1929 por Vertov.

Após, passamos à construção das papeletas sentados em almofadas na sala de animação. Utilizamos meia folha de papel A4 e fitas adesivas coloridas. Estamos educando o nosso olhar, aprendendo a enxergar e não só ver. A PAPELETA nos serviu para descobrir e perceber imagens, objetos, sujeira, detalhes de pessoas e mais outras coisas que não prestávamos atenção antes.

Thales, de 11 anos, conseguiu ver um pedaço de chiclete misturado ao cimento grudado no chão da sala e pensou: “Será que foi um aluno de 1929 que deixou esse chiclete aqui pra gente?” – inspirado pelo filme de Vertov, O homem com uma câmera.

Com a mesma papeleta, fizemos um pequeno roteiro contendo três coisas que o colega ao lado deveria registrar. A intenção era que a papeleta virasse uma câmera registrando as imagens do roteiro proposto.

A brincadeira continuou com cada um usando sua papeleta para fazer o seu roteiro em forma de Story board a ser filmado na próxima aula. Circularam pelas salas, recepção e banheiros da Escola Livre.

João Pedro, 10 anos, contagiou os demais com sua criatividade e irreverência. Inquieto e animado, o menino personalizou sua PAPELETA e ainda foi além dizendo: “Agora eu vou fazer várias diferentes para vender”.

Todos foram para casa registrando e descobrindo novas imagens. A tarefa da próxima aula é trazer cinco imagens que podem ser fotos, vídeos, desenhos ou apenas escrito num papel que tenham descoberto pelas ruas ou em casa com suas lunetas de papel.

Por Marina Rosa e Marina Moreira

quarta-feira, 30 de março de 2011

Essa quarta feira...



...centralizamos as aulas nos princípios da fotografia. Começamos cada aula assistindo trechos do filme "O homem com uma câmera" do Vertov e discutindo o que significa fotografar, olhar, enquadrar e como nos relacionamos com esses processos e com a câmera. Falamos sobre como o filme na verdade são muitas fotografias passadas em alta velocidade, demonstrando com o botão de slow motion do dvd.


Em seguida, fizemos um exercício de alongamento e partimos para a confecção de pequenas lunetas de papel. Eram feitas com metade de uma folha branca enrolada e presa com um durex. Todos tinham que olhar, com a luneta, pelo espaço da sala e descobrir detalhes que antes haviam passado despercebidos. Depois das lunetas, que forneciam um campo de visão bem limitado e redondo, evoluimos o mecanismo.

Ao recortar um quadrado no centro de uma folha branca, cada aluno criou uma representação do enquadramento fotográfico, que possibilitava até um zoom improvisado, ao afastar e aproximar o papel do olho. Pedimos que as crianças, então, olhassem pelas suas janelas quadradas e encontrassem 4 enquadramentos de objetos da sala que eles gostassem. Eles desenharam essas 4 imagens em uma folha, criando um storyboard. Ao final da aula cada aluno, individualmente, usou a câmera para filmar os objetos que tinha visto, criando um filme a partir de seu storyboard.

Por Marina Gomes e Lucas Dias

terça-feira, 29 de março de 2011

Terça B na TV!


A turma Terça B recebeu a visita de uma equipe da Record, para uma gravação que poderá ser vista no programa Hoje em Dia . A repórter Renata Cordeiro foi prestigiada pelos alunos com uma total reverência de gravação: Silêncio absoluto quando alguém dá entrevista, participações com depoimentos sobre as aulas e, pra completar, um fotógrafo de making of: O aluno Maycon, de 10 anos. Os alunos contaram sobre o filme que haviam acabado de assistir - "O homem com a câmera", do cineasta Vertov -, sobre as diferenças na percepção visual depois que começaram a estudar ne ELC, sobre como os métodos das escolas tradicionais diferem da Escola Livre e sobre as profissões que querem seguir. Enquanto a câmera e o microfone eram preparados, a repórter bateu um papo com os alunos sobre a importância do bom funcionamento de uma equipe de filmagem, citando desde maquiadores e figurinistas a editores de vídeo. "Em televisão e em cinema, cada um que participa do processo é importante", afirmou ela.

No ritmo de Vertov


A terceira aula da turma Terça A começou na sala de projeção - aquela com telão, paredes pretas e que sempre recebe uma atenção digna de "cinema de verdade". Os alunos tiveram contato pela primeira vez com o filme "O homem com uma câmera", feito em 1929 pelo cineasta russo Dziga Vertov. A obra foi usada como ferramenta de abordagem para assuntos como "enquadramento" e "ritmo", que seriam usados posteriormente na aula.

O vídeo "Qual é a mentira" ocupou o telão em seguida, trazendo ao grupo um breve debate sobre a importância do silêncio nos momentos de gravação.


Logo ao lado, na sala de animação, almofadas coloridas já esperavam a turma. Exercícios que misturavam ioga e percepção visual de detalhes foram propostos. Foram observados desde a poeirinha no chão até um parafuso no teto.


Depois de assistir, observar e esticar o corpo, era hora de colocar a mão na massa: As Papeletas - lunetas feitas de papel - foram confeccionadas. Os alunos experimentaram o recorte do olhar, da mesma forma proporcionada por uma câmera. Cada um fez um pequeno roteiro, com 3 itens que o colega do lado deveria encontrar usando a Papeleta: Cadeado, brinco roxo, luz verde...

Depois da Papeleta, o teste passou para os enquadramentos usando uma "câmera de papel". O procedimento foi simples, mas as descobertas foram grandes: Zoom, movimentos de câmera, tipos de plano e storyboard. A câmera de papel foi substiduida por uma mini DV, que registrou os planos elaborados no storyboard, composto por 3 pequenas cenas que mostravam a sala de aula.



O resultado de tantas experimentações com o olhar vai ser projetado na próxima aula!

Por Daniel Soares e Josy Antunes



sexta-feira, 25 de março de 2011

Jogos Cênicos

A trilogia da Escola Livre de Cinema (palavra, corpo e território) se concretizou com o primeiro encontro das sextas feiras. Criar atividades que propusessem jogos cênicos, integração dos participantes, troca, diálogo e participação ativa dos corpos presentes.


Começamos as atividades com uma conversa sobre a ELC, sobre como serão as aulas das sextas, que terão saídas para cinema, museu, festivais, exposições e outros lugares, além das atividades coporais e cênicas. Esclarecemos que serão todas as turmas juntas, mas devido ao numero muito grande de alunos dividiremos as turmas ao meio para que na próxima semana venham em dois horários, de 14 às 15h e de 15 às 16h.

Para hoje tivemos o desafio de unir todos os alunos, por turno, 75 crianças na parte da manhã e 75 na parte da tarde. Diferente das aulas anteriores, que tem como objetivo a criação, a aula de sexta trabalha o corpo e a relação com o outro. Fizemos dinâmicas de apresentação, onde cada um apresentava o colega, uma coisa que esse colega gosta e outra que não gosta, desta forma a apresentação gerou assim um maior contato entre eles. Durante toda aula, os alunos tiveram contato com os equipamentos.

E por fim, assistimos alguns curtas de animação do realizador da Baixada Marão e outros do Anima Mundi.

O vídeo da semana!

Pra curtir a metodologia dessa semana, um videozinho esperto!

"Qual é a mentira?" from Turmas de Terça on Vimeo.


Por Josy Antunes e Daniel Soares

quinta-feira, 24 de março de 2011

Plaquinhas

Nesta quinta feira, as turmas A e B, brincaram e ativaram a criatividade com a confecção das plaquinhas de cada aluno.

A atividade era uma brincadeira que misturava mentira e verdade. Cada um tinha que fazer sua plaquinha com nome e escrever nela três coisas que gostava, sendo que uma dessas coisas era mentira. Os pequenos logo se animaram e disputavam entre si o posto de quem enganava melhor com suas plaquinhas.

Logo após a produção, fomos a sala de vídeo andar pelo espaço ao som de música clássica. Agora a atividade era perceber o ritmo da música, ao mesmo tempo observavam e tentavam desvendar as mentiras escritas nas plaquinhas ao redor.

Como temos apenas 2 horas, todas as atividades eram voltadas para o tema mentira, tanto no debate quanto no filme exibido.

Segundo Brenda, aluna da turma quinta A, a melhor atividade foi a última quando, divididos em grupos de quatro ou três, tiveram que inventar uma história com as mentiras de cada componente e contar para a câmera enquanto os outros assistiam no telão. Livres, usaram a imaginação e criaram até esquetes com suas mentiras e verdades.

Por Marina Rosa e Marina Moreira


Curiosidade de cinema

No segundo dia de encontro das turmas de quinta as salas bombaram tanto no numero de alunos quanto na animação dos pequenos. A curiosidade dos pais e mães ocuparam a entrada da escola e teve até mãe na sala só para saber se a coisa era séria e de graça mesmo. “Eu só queria ver como é o ambiente dos alunos porque ainda não entendi o que eles vão fazer, se é filme mesmo.” – disse a mãe ao deixar sua filha na turma Quinta B.

Outra história instigante é a da Letícia, 10 anos, da Escola Municipal Janir Clementino. A menina veio como uma visitante porque não tinha certeza se queria estudar conosco.
Letícia ficou sabendo da inscrição quando Barnabé, diretor da escola, foi ao seu colégio divulgar vagas nas turmas para crianças. Sua amiga, Brenda já estava inscrita e incentivou-a a vir pelo menos um dia. Ao final do encontro,
Letícia confessou: “Eu quero ficar aqui. Gostei muito das atividades de hoje e também quero fazer filmes como os que vocês passaram”.

Por Marina Rosa e Marina Moreira