sábado, 27 de novembro de 2010

Para você, o que é ser um cinéfilo?

Para você, o que é ser um cinéfilo?

Com o seu inseparável i-Phone na mão programado para gravar, esta foi a primeira pergunta feita pelo multi-mídia Marcus Faustini, num de seus dias de reporter.
Diante de algumas personalidades do cenário cultural da Baixada Fluminense que supostamente poderiam responder á pergunta que será publicada na próxima edição da revista FILME CULTURA. Incluidos na lista de personalidades estavam:

Bion e Luana, articuladores do Buraco do Getúlio, um dos cineclubes mais eclético, democrático, diverso na sua curadoria e badalado da Baixada.

Josy Antunes, jovem reporter coloboradora do Centro Cultural Donana em Belford Roxo e uma grande articuladora da cultura da Baixada, Levi de Andrade, ex aluno da Escola Livre de Cinema que no período em que participou da ELC realizou um curta com o título "Harry Pobre" e o prodígio Elion, nosso mais jovem entrevistado. Do alto de seus nove anos, Elion fala como um grande intelectual sobre tudo que lê, desde o surgimento do universo através da teoria do Big-Bang até seus próprios roteiros, que quase na sua totalidade tem o próprio como personagem. Elion respira idéias para o cinema.

Faustini conduziu a entrevista mais como um gostoso bate papo sobre pessoas e filmes sempre utilizando a palavra "cinéfilo", como se fosse um dispositivo, para ouvir a opinião dos entrevistados sobre desejos, atitudes e comportamentos dos próprios entrevistados e de conhecidos em relação ao como, quando e quais filmes ver. O nome mais citado como cinéfilo de carteirinha foi o de Getúlio Ribeiro, também ex-aluno da ELC. O nome dele foi tantas vezes citado que Faustini resolveu de imediato entrevistá-lo no dia seguinte.

Para saber o que cada um respondeu na entrevista é só procurar a próxima edição da revista FILME CULTURA numa banca especializada mais próxima de você.

E para você, o que é ser cinéfilo? Porque?

sábado, 20 de novembro de 2010

400 CONTRA 1

Hoje dia 20 de Novembro (Dia da consciência Negra) a ELC realizou uma sessão do longa 400 Contra1, e contou com a presença de um dos roteiristas do filme, Julio Judemir. Antes e depois da sessão o roteirista bateu um bom papo com a platéia, que estava ávida por respostas, platéia esta formada pelos alunos das turma de roteiro e animação.
Estreando na direção de longas de ficção, o documentarista Caco Souza sabia que estava andando num terreno perigoso ao fazer “400 contra 1 – Uma história do comando vermelho”.
O longa fala sobre o líder do Comando Vermelho no final dos anos de 1970, William da Silva Lima. Conforme explica o diretor, o Comando Vermelho nasceu num período em que existiam presos políticos e estes ficavam junto dos presos comuns. “Tanto quem assaltou um banco quanto aqueles considerados subversivos ficavam nas mesmas celas. A união deles permitiu reivindicações de seus direitos”.

No longa, Daniel de Oliveira (“Cazuza – O tempo não para”) interpreta William.
Quando comecei a pensar no filme, não tive dúvidas: o Daniel era a única pessoa que eu queria para fazer o William”. O diretor acrescenta que o ator, por conta disso, esteve envolvido com o filme desde o comecinho, e isso ajudou aos dois no processo.

Na parte técnica, Souza procurou cercar-se de alguns dos melhores profissionais de cada área. A direção de fotografia é de Rodolfo Sanchez (“Pixote”) e o roteiro de Victor Navas (“Cabra Cega”, “Carandiru”), feito com a colaboração do escritor Julio Ludemir, autor do livro “Sorria, você está na Rocinha”.
(Blog Oficial do Filme 400 Contra 1)



(DEBATE COM O ROTEIRISTA JULIO LUDEMIR)

















segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O GUIA - O MÉTODO

Desde sua criação, a Escola Livre de Cinema tem investido na investigação de metodologias que criem um ambiente favorável ao desenvolvimento de suas ações. Na turma de Introdução ao Audiovisual, de 2008, passou-se a privilegiar a prática em detrimento à abstração da teoria. Para atingir tal objetivo, as oficinas foram operadas a partir de um roteiro existente, e à medida que a prática exigia, os conceitos eram trabalhados em cima das necessidades e problemas encontrados. Percebeu-se com isso uma apreensão maior de conteúdo por partes dos alunos.

Para as oficinas de roteiro de 2010, foi adotado o livro Guia Afetivo da Periferia, como fonte da adaptação do roteiro a ser produzido. A escolha se deve ao fato do livro traçar uma outra subjetividade dos territórios populares, locais vistos comumente como espaços de carência e violência.

Utilizando o livro como bússola, as oficinas foram desenvolvidas tendo como ponto de partida a interpretação do texto, identificando a sua estrutura e o seu conteúdo. Feito isto, mantinha-se a estrutura e os alunos eram convidados a substituir o conteúdo do autor pelas suas próprias vivências.

Como exemplo, quando o autor cita que recebia o leite oferecido pelo governo Brizola. Questionava-se do que o trecho tratava. Chegava-se a conclusão que o autor estava falando de políticas públicas de assistência social. A partir da constatação eram novamente questionados se eles estavam sendo atendidos por alguma política pública. Em resposta, identificavam diversos programas que os atendida: Prouni, Ponto de Cultura, Jovens Repórteres e assim por diante.




quinta-feira, 11 de novembro de 2010

TERRITÓRIOS COMUNS...

A Biblioteca e o Centro de Cultura Digital da Escola Livre de Cinema já são considerados pela garotada de Miguel Couto como territórios comuns.
Sabe aqueles lugares que você todo dia passa e quando não passa fica um ar de que faltou alguma coisa no seu dia? Pois é! Assim é aqui.
E é com extrema alegria que a ELC recebe todos os dias pequenos interessados e ávidos por mais conhecimento, sociabilidade e novas experiências literárias, lúdicas e virtuais.

sábado, 6 de novembro de 2010

EU MAPA

Juliane de Melo Teixeira, roteirista e Alan Moreira dos Reis, animador, falam do processo de criação do filme 'EU MAPA".


ELC- Depois que você leu o livro Guia Afetivo da Periferia como surgiu a idéia do roteiro?

Juliane - Certo dia sonhei que um menino saia pela cidade pegando coisas por lugares diferentes: pedaços de paredes, um pouco de chão, portas, postes. Ele criou um afeto por todo o seu trajeto. Depois, ele pega todas as coisas que colheu pelo caminho e coloca em um baú: experiência, os afetos, lembranças e conceitos que ele acabou criando.
Colheu tudo, plantou e vai nascer um livro.
Falei com o Raul e comecei a trabalhar esta idéia.

ELC - Porque você escolheu o roteiro da Juliane e quais as estratégias utilizadas para a animação?

Alan - A apresentação do projeto da Juliane, a meu ver, acabou se destacando entre os demais. No momento em que li já comecei a ter uma enorme facilidade de criação.
A estratégia que utilizei para a animação foi a de um garoto correndo pela cidade, um mapa vai se impregnando nele a medida que ele vai se identificando por lugares ou coisas.