terça-feira, 31 de maio de 2011

O jogo dos 5 elementos

Na aula de hoje das turmas de terça, finalizamos - por hora - o assunto "parangolé", para mergulharmos num novo tema: A produção de story line e de roteiro.


Para concluir o parangolé, a turma se dividiu em dois grupos. Um representante de cada grupo realizou uma pequena performance diante do tecido verde do chroma key. Os movimentos foram pensados de acordo com o cenário para onde o grupo gostaria de enviar o amigo. Por exemplo: No deserto, o aluno Roger tentava se esconder do Sol com a ajuda do parangolé.











(Acima, Marcos em Las Vegas e Roger no deserto!)

Para introduzir as experiências com produção de roteiro, separamos 5 copos catalogados por cores. Cada um deles possuia uma categoria de elementos: Ambientes, animais, edificações e meios de transporte. A palavra "eu" serviria para instigar a criação de auto-ficção.


A turma se dividiu em duplas. Cada uma delas pegou um papel de cada copo. Por exemplo: "Elefante anão", "navio", "deserto", "prédio de 100 andares" e "eu". A partir dos elementos, a dupla desenvolveu pequenos roteiros para um possível filme.


Quando todos terminaram, foram feitas as leituras do texto em roda. Os alunos puderam ouvir e comentar os textos uns dos outros. A aluna Gabrielly confessou não ter entendido nada da história do Patrick, por exemplo. Enquanto outras histórias levaram todos a viagens mirabolantes ou a dar boas risadas.


Por fim, a missão era conseguir comentários para os textos. Alguns encontraram amigos ou parentes online e enviaram o trabalho digitado. Outros buscaram funcionários da ELC pra que dessem opiniões sobre o trabalho.


Abaixo está o texto do Roger, comentado pela Renata - que é funcionária da ELC.
Ela disse que o texto é bem legal, criativo e que o autor soube fazer bom uso dos elementos.

O cãorrapato

Eu conheci o cãorrapato no meu sonho. Ele é uma mistura de cão e carrapato.
Ele ficou assim por causa que tinha muito carrapato nele.
No meu sonho, eu tinha uma moto que andava na gelatina, chamada Praça da Gelatina.
Mas aí eu acordei e lembrei que era mentira. Eu moro em Miguel Couto.


Por Josy Antunes e Daniel Soares

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Retratos de scanner e o produto final

Na capacitação de hoje, com o Clayton Leite, fizemos um trabalho com tintas + scanner.
O trabalho consistia em fazer uma composição com tintas sobre a scanner, que estava protegida com papel filme.
A digitalização da composição resultava numa tela com porções de cores e texturas.
Em seguida, rostos e partes do corpo foram expostos na scanner.
A duas imagens, manipuladas no Photoshop, resultaram nas imagens vistas na postagem de hoje.


Conversamos sobre o produto final das turmas: A soma das técnicas e conceitos aplicados até agora.


Foi decidido iniciar nas turmas a produção de storylines, utilizando o seguinte dispositivo:

Existirão 5 categorias de imagens:
- meios de transporte
- animais
- locações
- edificações
- profissões



Cada categoria será chamada de A, B, C, D ou E. Em cada uma delas, 10 imagens estarão numeradas de 01 a 10.
O aluno deverá escolher um número de cada categoria. A partir das escolhas, as imagens relacionadas aos números serão projetadas. Será solicitado ao aluno (ou grupo) que crie uma história envolvendo todas as imagens.

Como base para a aula, Clayton indicou o seguinte texto:

Texto story line e argumento

O roteiro antes de ser propriamente escrito, deve ser desenvolvido em forma de storyline e argumento.

Storyline é a história contada em, no máximo, um parágrafo.
“Criança feliz passa a ser perseguida por um cachorrinho após parar num parque para comprar pipoca”.

O exemplo acima destacou o protagonista e o conflito principal da história. Fica a critério do roteirista contar ou não o final do curta no storyline.


No argumento, todo o roteiro é desenvolvido em forma de texto corrido, incluindo o final.
“Pedrinho, um menino de 8 anos, pedala sozinho pela rua do bairro. Com fome decide parar no parquinho da praça. No caminho encontra uma professora da sua escola conversando com um vendedor de algodão-doce na entrada do parque.
Ele passa direto e pede um saquinho de pipoca salgada ao homem da carrocinha. Sente que está sendo
observado.
Lentamente olha pra trás e se depara com um cachorrinho que...”.



O texto do argumento, assim como o roteiro propriamente dito, é escrito na 3ª pessoa e no tempo presente. É realmente necessário escrever um storyline ou um argumento antes de começar um roteiro, já que ambos exercem funções importantes para o roteirista, para o produtor e para o diretor. Geralmente perguntam ao roteirista qual a história do seu roteiro. Eles querem ouvir o storyline, a “isca”. Um storyline bem construído é um convite à leitura de um roteiro, enquanto que em um storyline pouco atraente leva um roteiro para a gaveta.



Um roteirista que conheci, tinha o seguinte storyline: “meu roteiro conta à história de uma vovó que acorda 8 anos”, e só. Simples, mas eficaz.

Já o argumento tem uma função diferente. O texto corrido dá uma sensação ao leitor de estar lendo um pequeno romance, o que facilita muito para quem é pouco familiarizado com o formato do roteiro cinematográfico. Ele também é muito útil na pré-produção, pois já que é mais detalhado que o storyline, oferece mais dados aos profissionais das outras áreas, como por exemplo, os cenógrafos, figurinistas...

A partir do argumento também é possível calcular aproximadamente os custos da produção.



Por Josy Antunes

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Abecedário do tempo

As aulas da manhã e da tarde do dia de hoje, sexta-feira 27/05, foram divididas em duas partes em todas as 4 turmas.
Durante a primeira meia hora, tivemos uma conversa com as crianças, reafirmando a importância da produção dos parangolés, sua serventia e utilidade para a realização de seus filmes e a necessidade de cada uma delas trazerem mais materiais para aprofundar e pessoalizar mais a relação com o parangolé.











Já na segunda metade das aulas, as crianças receberam uma folha que continha todas as letras do alfabeto com linhas vazias na frente. Em seguida tinham que escrever na frente de cada letra algo (objeto, gente, etc.) que começasse com aquela mesma letra. Tinha de ser algo de que elas gostem ou sentem/sentirão saudades para levar para algum momento histórico escolhido e assim poderem apresentá-lo para o povo deste tempo distinto de suas realidades presentes.











Para preencher a folha, as crianças tinham que imaginar uma viagem numa máquina do tempo, vestidos com o parangolé carregado de elementos com valores afetivos distintos e que fizessem parte do universo particular de cada um presos a ele. Eles imaginaram que a máquina os levariam a um momento do passado ou futuro para que pudessem narrar às pessoas deste lugar preso no tempo, sua percepção sobre seu próprio tempo antes da viagem.

Foi uma farra!


quinta-feira, 26 de maio de 2011

Hoje finalizamos...

...nossos primeiros trabalhos com o Parangolé e a técnica Chroma Key.







Muitos alunos esqueceram seus objetos. Como não era possível ficar parado, colocaram a mão na tinta e nos seus lençóis-parangolés, deixando suas digitais... Além disso, usaram as tintas - ferramenta nova na confecção das capas - para escrever as coisas das quais se lembravam, gostavam... inclusive nome de pessoas e lugares.








Jan Bernardo, famoso Peixinho, desenhou seus carros favoritos;









Thaís e Tarciane encheram o Parangolé de fotos da família, incluindo aquela do primeiro dia de aula das meninas (tudo devidamente descrito, com datas e lugares) e Wellington aproveitou a recente vitória do Vasco para homenagear seu time.

Parangolés prontos, a turma toda escolheu quais seriam os lugares para onde eles viajariam. Rio de Janeiro, Taj Mahal e Itália foram alguns dos destinos escolhidos.














Por Marina Rosa e Marina Moreira

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Nesta quarta,

...continuamos a criar nossos parangolés, só que agora utilizamos também tinta guache! Todos desenharam coisas que gostavam e escreveram nomes de pessoas e coisas com um significado importante para eles, também trouxeram fotos e objetos preferidos para que fossem fotografados e inseridos ao parangolé.

Em nosso caderno de turma, eles comentaram o quanto gostaram de usar tinta, e poder sujar a mão para marcá-la no lençol.


Depois fizemos também umas experiência no Chorma Key: com vídeos de alguns segundos eles imaginaram um lugar e fizeram movimentos na frente da "tela verde". Vídeos gravados, partiram para o computador e começaram a buscar imagens para usar como fundo de seus vídeos. Semana que vem veremos os resultados!

Por Marina Gomes e Lucas Dias

terça-feira, 24 de maio de 2011

Parangolés: Ao trabalho!


As turmas de terça iniciaram hoje a confecção dos parangolés.
Todos os objetos anteriormente selecionados foram presos aos lençóis com alfinetes.
Valiam também fotografias, desenhos e até prints na internet dos jogos e páginas favoritas, além da escrita no próprio tecido.

Cada parangolé foi produzido em grupos de 5 ou 6 participantes.
Cada objeto possuia uma justificativa por ter sido escolhido, que variava entre gostos pessoais e memórias afetivas.


Entre seus objetos, a falante Tainá selecionou uma embalagem de bala de hortelã. A pequena embalagem trazia a característica que mais chama a atenção na menina: Ela está sempre comendo e oferecendo balas, especialmente as verdinhas de hortelã. Tainá contou ainda que troca o dinheiro da merenda por balas, que não lembra de ter passado um único dia sem elas, e que vive levando bronca da mãe, que acredita que bala estraga os dentes.


Descobrimos ainda que o Carlos Eduardo assusta sua irmã de 2 anos com um caranguejo de brinquedo, que a mãe da Kathleen a fotografava diariamente antes da ida pra escola, que a Amanda produz bijuterias com miçangas, que existe um desenhista de desenhos japoneses na turma (Marcos Antônio) e uma porção de outras coisas acerca do universo das crianças.


Por fim, os grupos vestiram os parangolés e deixaram expostos na sala de animação da Escola Livre de Cinema.
Em breve os próximos capítulos dos parangolés das turmas de terça!

Curiosidade de hoje: Algumas alunas da turma da tarde cortaram pedaços de seus cabelos, para mostrar para outras épocas como eram seus fios quando tinham a idade atual.


Por Josy Antunes e Marina Gomes

segunda-feira, 23 de maio de 2011

KUMÃ - Um Espaço de Experimentações Artísticas e Pesquisas Metodológicas ELC / UFF, UFF / ELC


As capacitações dos nossos mediadores são realizadas todas as segundas, ora na ELC e ora em salas da UFF, mas ontem, dia 23 de maio às 16h, chegou o momento tão esperado por todos nós: A inauguração do cantinho da ELC na UFF, chamado KUMÃ.

Além dos coordenadores da Escola Livre de Cinema, Cristiane Braz e Anderson Barnabé e dos professores da UFF e coordenadores da parceria ELC X UFF, Cézar Migliorin e Eliany Salvatierra, estiveram presentes na solenidade de inauguração do Núcleo Kumã, alunos e ex-alunos das duas instituições, professores e coordenadores da UFF, além de parceiros, simpatizantes e torcedores das nossas causas.

O Núcleo Kumã tem agora pela frente a seguinte tarefa: criar um diálogo e interação voltada para um pensamento de mundo mais crítico e interativo através do audiovisual e possibilitar relações humanas através desta linguagem, entre academia e periferia, prática e teoria, clássico e popular.

TAMUJUNTOEMISTURADO, MAIS QUE NUNCA!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Orkut 2, a missão!


Retomando uma atividade proposta e realizada há duas semanas atrás, depois de atividades que contribuíram para uma perda maior da timidez dos alunos e que os deixaram mais confiantes para falar sobre si, a aula de hoje foi novamente a apresentação do aluno por meio de seu orkut, rede social que acaba sendo uma ferramenta muito utilizada pelos nossos pequenos e através da qual muitos deles se colocam e se relacionam com o mundo.


Nessa aula de hoje, tanto nas turmas da manhã quanto nas turmas da tarde, apesar da chegada de novos alunos, eles não se intimidaram e apresentaram seus orkuts, comentando fotos de familiares, de seu dia-a-dia e de sua casa/rua.


Todos saíram da aula com um maior poder de falar em público e uma relação mais próxima com seu território/história.

Esperamos retomar tal atividade para que todos possam participar devidamente e que a evolução da turma neste sentido seja percebida em todos.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Inauguração do Núcleo da Escola Livre de Cinema na UFF

Caros alunos e ex-alunos da Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu,

Esse ano, iniciamos uma parceria com a UFF - Universidade Federal Fluminense, no que diz respeito a Metodologia aplicada nas 6 turmas que temos formada por crianças oriundas de Escolas Municipais e Estaduais do entorno da ELC.

Na próxima segunda, dia 23 de maio às 16h, estaremos inaugurando o nosso Núcleo da ELC dentro da UFF, e você é nosso convidado!

O endereço é Rua Lara Vilela, 127 - Niterói (dá para chegar a pé se você for de Barca!)

Contamos com a presença de todos!

Segue o link do Google Mapas para chegar: http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl

Até lá!!!
Hoje, as turmas de quinta feira assistiram os filmes produzidos na última aula analisando e comentando a sua composição de som, imagem, pixilation e light painting.


Após, conheceram parte do mundo dos Artistas Bispo do Rosário e Hélio Oiticica. Através dos vídeos encontrados no youtube, o documentário “O Bispo”, o filme “HO” e uma entrevista com a cantora Adriana Calcanhoto falando sobre Parangolé.








Eles foram as nossas referências para a criação dos Parangolés, nossa capa que transporta nosso mundo.


















A importância dessa atividade é mais uma vez tentar produzir elementos estéticos que se relacionem com o corpo e com o cotidiano. O Parangolé de Wellington, montado com a ajuda de toda turma, levava muitas histórias e vários elementos – desde moedas até raspas de isopor-. Ele explicou cada coisa num vídeo que assistiremos em breve. Assim como Licia, que encheu seu Parangolé de palavras e fotos de seus animais de estimação, famílias e artistas favoritos.




















Nem sempre é tão fácil escolher as coisas que mais te representam. Há muitos Parangolés para serem feitos, muitas coisas para preencher nosso mundo... e ainda há os alunos que não trouxeram por esquecimento e na próxima semana terão a chance de juntar suas coisas a nossa capa inventário.



Por Marina Rosa e Marina Moreira

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Construindo memórias coletivas


Hoje, as turmas de quarta-feira começaram a criar seus parangolés. Cada aluno falou sobre os objetos com que ele se relaciona no dia a dia ou que já foram importantes pra ele no passado.




Tiramos do armário os lençóis e partimos para a produção das nossas capas de memória coletiva. Aqueles que não haviam se lembrado de trazer coisas de casa desenharam em um papel e grudaram no Parangolé os desenhos. Todos acharam alguma forma de fazer sua primeira impressão nesse estranho objeto que começamos a descobrir juntos.





A aula acabou girando ao redor da discussão do dia "quais são os objetos que falam sobre você?" que todos tiveram que responder. Alguns alunos tiveram que começar a perceber como é grande a quantidade de objetos com que interagimos no dia a dia. Ao fim do dia, tínhamos vários parangolés que estavam começando a representar os alunos, recobertos com os objetos da memória coletiva das turmas de quarta feira.





Por Marina Gomes e Lucas Dias