segunda-feira, 30 de maio de 2011

Retratos de scanner e o produto final

Na capacitação de hoje, com o Clayton Leite, fizemos um trabalho com tintas + scanner.
O trabalho consistia em fazer uma composição com tintas sobre a scanner, que estava protegida com papel filme.
A digitalização da composição resultava numa tela com porções de cores e texturas.
Em seguida, rostos e partes do corpo foram expostos na scanner.
A duas imagens, manipuladas no Photoshop, resultaram nas imagens vistas na postagem de hoje.


Conversamos sobre o produto final das turmas: A soma das técnicas e conceitos aplicados até agora.


Foi decidido iniciar nas turmas a produção de storylines, utilizando o seguinte dispositivo:

Existirão 5 categorias de imagens:
- meios de transporte
- animais
- locações
- edificações
- profissões



Cada categoria será chamada de A, B, C, D ou E. Em cada uma delas, 10 imagens estarão numeradas de 01 a 10.
O aluno deverá escolher um número de cada categoria. A partir das escolhas, as imagens relacionadas aos números serão projetadas. Será solicitado ao aluno (ou grupo) que crie uma história envolvendo todas as imagens.

Como base para a aula, Clayton indicou o seguinte texto:

Texto story line e argumento

O roteiro antes de ser propriamente escrito, deve ser desenvolvido em forma de storyline e argumento.

Storyline é a história contada em, no máximo, um parágrafo.
“Criança feliz passa a ser perseguida por um cachorrinho após parar num parque para comprar pipoca”.

O exemplo acima destacou o protagonista e o conflito principal da história. Fica a critério do roteirista contar ou não o final do curta no storyline.


No argumento, todo o roteiro é desenvolvido em forma de texto corrido, incluindo o final.
“Pedrinho, um menino de 8 anos, pedala sozinho pela rua do bairro. Com fome decide parar no parquinho da praça. No caminho encontra uma professora da sua escola conversando com um vendedor de algodão-doce na entrada do parque.
Ele passa direto e pede um saquinho de pipoca salgada ao homem da carrocinha. Sente que está sendo
observado.
Lentamente olha pra trás e se depara com um cachorrinho que...”.



O texto do argumento, assim como o roteiro propriamente dito, é escrito na 3ª pessoa e no tempo presente. É realmente necessário escrever um storyline ou um argumento antes de começar um roteiro, já que ambos exercem funções importantes para o roteirista, para o produtor e para o diretor. Geralmente perguntam ao roteirista qual a história do seu roteiro. Eles querem ouvir o storyline, a “isca”. Um storyline bem construído é um convite à leitura de um roteiro, enquanto que em um storyline pouco atraente leva um roteiro para a gaveta.



Um roteirista que conheci, tinha o seguinte storyline: “meu roteiro conta à história de uma vovó que acorda 8 anos”, e só. Simples, mas eficaz.

Já o argumento tem uma função diferente. O texto corrido dá uma sensação ao leitor de estar lendo um pequeno romance, o que facilita muito para quem é pouco familiarizado com o formato do roteiro cinematográfico. Ele também é muito útil na pré-produção, pois já que é mais detalhado que o storyline, oferece mais dados aos profissionais das outras áreas, como por exemplo, os cenógrafos, figurinistas...

A partir do argumento também é possível calcular aproximadamente os custos da produção.



Por Josy Antunes

Um comentário:

Juliana`Portella disse...

Maravilhoso! Isso é arte!