Um dia absurdo!

As turmas de terça iniciaram as aulas hoje com uma notícia triste. Para recebê-la, deitamos confortavelmente sobre almofadas coloridas na sala de animação.

A notícia fazia referência ao futuro da Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu: As turmas ficaram sabendo que a ELC será demolida e dará lugar à construção do primeiro labirinto da Baixada Fluminense. O labirinto será feito de mato e trará de volta à vida um antigo pântano que existia em Miguel Couto.No meio do labirinto haverá distribuição gratuita de camarões. O problema é que para chegar ao centro, é preciso enfrentar uma porção de jacarés.A turma embarcou na história de tal forma, que cogitaram a possibilidade da produção de um abaixo-assinado contra a novidade.Na verdade verdadeira, a notícia foi proposta para introduzir atividades a partir da palavra "absurdo".No dicionário, "absurdo" significa "contrário ou repugnante à razão".E as aulas de hoje foram completas fugas da razão/realidade/coisas comuns.Foi proposto que todo mundo só falasse coisas absurdas, inclusive para coisas simples como ir beber água.Por exemplo: "Preciso regar a planta que mora na minha garganta. Posso?"

A principal atividade do dia consistia em criar histórias utilizando os espaços da ELC. Haviam placas coladas no teto, na sala preta, na escada e nos banheiros. As placas diziam "teto absurdo", "sala preta absurda", "escada absurda", "banheiro absurdo 1" e "banheiro absurdo 2".

Criamos histórias a partir de cada elemento e estando em cada local. Cada história surgiu mais absurda que a outra.O teto absurdo se revoltou contra os humanos, a sala preta absurda virou ímã para outras dimensões, a escada absurda virou nave para um casamento entre humano e E.T. em Marte.As propostas absurdas foram planejadas para estimular a criação desconectada da realidade. Esta forma de pensamento será muito útil na produção de nossos filmes, que serão de ficção científica.

Por fim, assistimos todos os vídeos e exercícios feitos desde o começo do ano: De stop motion à sonoplastia.

Os vídeos trouxeram a discussão sobre quais técnicas serão usadas nos filmes produzidos.

As turmas se dividiram em grupos de 3 ou 4 componentes: As equipes que produzirão juntas até o fim do semestre.

Por hoje,

Fim.

Por Josy Antunes e Daniel Soares

Um filminho segunda-feira na ELC!

Hoje os alunos do 5º ano da Escola Municipal Anna Maria Ramalho, que se localiza ao lado da Escola Livre de Cinema, vieram nos visitar trazidos pela professora Quezia Malaquias.

A visita fez parte da aula de hoje na escola, e o filme exibido foi "Vista a Minha Pele" de Joel Zito Araújo. O filme foi utilizado pela professora para abordar a temática do negro, discutindo sobre racismo e preconceito em sala de aula.

Os alunos saíram da ELC super animados em fazer um resumo com sua opinião sobre o filme pra depois participarem do ensaio da quadrilha da escola!

ELC de volta para o futuro!

Hoje, todas as turmas se reuniram para assistir a projeção do filme "De volta para o futuro"(1985), do diretor Robert Zemeckis.

O filme foi projetado em duas sessões: Uma para as turmas da manhã e outra para as turmas da tarde.

"De volta para o futuro" marcou o imaginário dos anos 80/90, nas salas de cinema e na Sessão da Tarde.

A obra usa de forma criativa o elemento "viagem no tempo", contribuindo para o enriquecimento das referência estéticas e narrativas das crianças.

Além de utilizar os elementos "território" e "memória", também inseridos na metodologia da ELC.

Por Josy Antunes

Contando a história...

Hoje começamos tentando afastar o ar de preguiça que o clima em Nova Iguaçu nos sugeriu com alongamentos corporais. Apesar da resistência para fazer os movimentos, conseguimos ouvir estalos e 'tracks' dos corpos dos outros colegas.

Aquecidos fisicamente, partimos para os exercícios que exigiam pensamentos. Todas as atividades de hoje foram voltadas para a criação de histórias.Nossa primeira experiência foi brincar de continue a história a partir de elementos escritos em papéis pintados colocados em copinhos. Os elementos eram os mais diversos e criativos, dentre eles, tubarão sem dente, casinha de madeira, tele transporte, esquilo... que partiam de cinco dispostivos, lugar, ambiente, meios de transporte e animais.As histórias criadas renderam risadas e descontração por serem bastante abstratas, com elementos aleatórios. A descontração nos levou a perceber que um filme pode ter mil elementos, mas desde que entre eles se estabeleça algum tipo de relação, como o esquilo e a noz no filme "A era do gelo".

Nosso papo só estava começando.. e o segundo passo foi criar histórias a partir de elementos nossos, trazidos de casa e que nos compunha no momento.

Surgiram objetos pessoais como brinco, pulseira, medalha, anel, blusa antiga, mochila, revista, mangá, foto, cordão.. que foram colocados num círculo desenhado no chão para que todos pudessem ver os elementos de cada um. Agora, cada um escolheu do circulo três objetos que não conhecia para fazer de conta que era seu e contar uma história com os mesmos.

As brincadeiras ainda nos mostraram a importância da coerência da história de um filme, da organização das idéias e das nossas escolhas.

Por fim, depois de experimentar formas de contar nossas histórias, buscamos na internet tudo sobre ficção científica.. desde fundamentos teóricos a vídeos no youtube.

O nosso grande achado, por Fellipe Gabriel, foi um vídeo da mais bizarra sequência de ficção científica da história.

Outras descobertas estão nos links:

- Por Brenda Policarpo

http://www.fotos.ntr.br/desenhos-ficcao-cientifica/

http://melhoresfilmes.com.br/generos/ficcao-cientifica

- Por Tarciane Simões

http://www.youtube.com/watch?v=S4ik3t8D2Uo

Abaixo, vídeos com as histórias criadas a partir dos elementos do nosso círculo, nas turmas Quinta A e B.

Um marciano roubou meus arquivos - Quinta A from Turmas de Quinta on Vimeo.

Um marciano roubou meus arquivos - Quinta B from Turmas de Quinta on Vimeo.

Por Marina Rosa e Marina Moreira

Abordando a Narrativa

Após diversas aulas dedicadas ao conhecimento de novas técnicas, as turmas de quarta feira estão agora começando a se aproximar da criação de uma narrativa própria para filme. Hoje a aula começou com o fechamento da montagem estética do parangolé, elemento autêntico das turmas que traz em si as histórias de cada aluno. A próxima atividade era mais voltada para o texto. Cada aluno sorteou cinco palavras aleatórias que precisariam utilizar na criação de uma história. Havia cinco categorias de palavras diferentes disponíveis: tipos de animais, personagem principal, lugar e meios de transporte (sendo a quinta surpresa). Após criarem suas histórias, os alunos deveriam desenhar storyboards a partir de suas histórias.

Na quarta-feira a tarde, como os alunos se sentiram terminados com os parangolés, sentamos para discutir as possiblidades para a história do primeiro filme que faríamos. Se mantendo próximos aos temas da ficção científica, os alunos começaram a falar sobre como seriam os personagens, como seria o desenvolvimento da história e etc. Era só uma discussão leve sobre possibilidades narrativas, mas os alunos demonstraram extrema criatividade e vontade de produzir histórias fantásticas.

Por Marina Gomes e Lucas Dias