

Muitos alunos esqueceram seus objetos. Como não era possível ficar parado, colocaram a mão na tinta e nos seus lençóis-parangolés, deixando suas digitais... Além disso, usaram as tintas - ferramenta nova na confecção das capas - para escrever as coisas das quais se lembravam, gostavam... inclusive nome de pessoas e lugares.
Jan Bernardo, famoso Peixinho, desenhou seus carros favoritos;
Thaís e Tarciane encheram o Parangolé de fotos da família, incluindo aquela do primeiro dia de aula das meninas (tudo devidamente descrito, com datas e lugares) e Wellington aproveitou a recente vitória do Vasco para homenagear seu time.
Parangolés prontos, a turma toda escolheu quais seriam os lugares para onde eles viajariam. Rio de Janeiro, Taj Mahal e Itália foram alguns dos destinos escolhidos.
Além dos coordenadores da Escola Livre de Cinema, Cristiane Braz e Anderson Barnabé e dos professores da UFF e coordenadores da parceria ELC X UFF, Cézar Migliorin e Eliany Salvatierra, estiveram presentes na solenidade de inauguração do Núcleo Kumã, alunos e ex-alunos das duas instituições, professores e coordenadores da UFF, além de parceiros, simpatizantes e torcedores das nossas causas.
O Núcleo Kumã tem agora pela frente a seguinte tarefa: criar um diálogo e interação voltada para um pensamento de mundo mais crítico e interativo através do audiovisual e possibilitar relações humanas através desta linguagem, entre academia e periferia, prática e teoria, clássico e popular.
O Filme Sem Nome from Turmas de Quinta on Vimeo.
A Máquina de Diminuir from Turmas de Quinta on Vimeo.
Após, conheceram parte do mundo dos Artistas Bispo do Rosário e Hélio Oiticica. Através dos vídeos encontrados no youtube, o documentário “O Bispo”, o filme “HO” e uma entrevista com a cantora Adriana Calcanhoto falando sobre Parangolé.
Eles foram as nossas referências para a criação dos Parangolés, nossa capa que transporta nosso mundo.
A importância dessa atividade é mais uma vez tentar produzir elementos estéticos que se relacionem com o corpo e com o cotidiano. O Parangolé de Wellington, montado com a ajuda de toda turma, levava muitas histórias e vários elementos – desde moedas até raspas de isopor-. Ele explicou cada coisa num vídeo que assistiremos em breve. Assim como Licia, que encheu seu Parangolé de palavras e fotos de seus animais de estimação, famílias e artistas favoritos.
Nem sempre é tão fácil escolher as coisas que mais te representam. Há muitos Parangolés para serem feitos, muitas coisas para preencher nosso mundo... e ainda há os alunos que não trouxeram por esquecimento e na próxima semana terão a chance de juntar suas coisas a nossa capa inventário.
Por Marina Rosa e Marina Moreira